quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

VOCÊ CONTROLA OU ENROLA?




Quantas vezes ouvimos em nossos dia a dia, “precisamos fazer um controle melhor” de uma determinada atividade, processos administrativos, comerciais, operacionais e fabris, recursos sob nossa responsabilidade, de pessoas que coordenamos, enfim precisamos controlar para evitarmos perdas e gerarmos ganhos.

Para refletirmos sobre nossos controles apresento de forma geral o conceito de controle que e algumas técnicas de controle de acordo com o objetivo e resultados que desejamos alcançar com os mesmos.


CONCEITO DE CONTROLE

Segundo o Dicionário Aurélio é “controle é a fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, etc., para que não se desviem das normas preestabelecidas”.


TÉCNICAS DE CONTROLE

Como técnicas de controle, podemos enqudrá-las de seguinte forma:

1. CONSISTÊNCIA DE EXATIDÃO - consiste em verificar o grau de igualdade e coerência entre fatos, textos, cifras e sua coerência no contexto em que estão aplicados.
2. INTER-RELAÇÕES - visa a comprovar a relação mútua entre os elementos da mesma natureza, por meio de uma ação simultânea, aplicada sobre uma operação específica ou à soma de um número de operações.
3. COMPLETABILIDADE - busca avaliar e comprovar o estado de integridade dos dados utilizados no processo operacional e administrativo da entidade, nos registros gerenciais e financeiros efetuados.
4. APRECIAÇÃO DE CIFRAS - técnica de controle que propicia ao gerente ou ao executor da tarefa, reconhecer um padrão de comportamento, uma relação de razoabilidade.
5. ANALISES - processo administrativo de verificação e de comprovação do nível de regularidade, exatidão, completabilidade, autorização e pontualidade da aplicação dos procedimentos e dos registros efetuados sobre a atividade da entidade (padrão X realizado).
6. CONFIRMAÇÕES - técnica de controle que visa a obter confirmação sobre a existência, legitimidade ou exatidão dos bens, direitos ou obrigações da empresa.
7. CONCILIAÇÕES - controle dedicado a comparar elementos componentes do conjunto quantitativo ou financeiro da entidade, contra-informações e critérios de outras fontes internas ou externas, visando comprovar a exatidão, completabilidade, tempestividade, etc.
8. LEVANTAMENTOS FÍSICOS - são os controles de natureza física, voltados para a verificação da presença e existência de bens, pessoas, valores e obrigações da entidade.
9. COMPARAÇÕES - são os controles que visam a confirmar, através da comparação entre documentos, padrões, processos, sistemas, etc.
10. AUTORIZAÇÕES E APROVAÇÕES - controles voltados a garantir a exatidão do nível de autorização ou aprovação das operações e transações realizadas pela entidade.
11. ESCRITURAÇÃO E REGISTROS - controle interno dedicado a garantir a segurança de que todas as transações, operações e movimentos na esfera gerencial e decisória foram adequadamente registradas ou contabilizadas.
12. AUTENTICIDADE E REGULARIDADE - controle destinado a obter a certeza de que a operação, transação, decisão, etc, registrada, ocorreu de fato, que se trata de uma operação que
obedece aos princípios norteadores da administração pública.
13. VALIDADE E REGULARIDADE - técnica de controle visando obter segurança quanto à adequação documental ou processual.
14. TEMPESTIVIDADE E OPORTUNIDADE - controle que visa constatar se as operações foram realizadas dentro dos prazos estabelecidos por Lei ou pela administração da entidade.
15. AVALIAÇÃO, MENSURAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO - controle que avalia se os resultados e informações apresentadas à administração apresentam precisão quanto aos valores envolvidos.

Agora responda você controla ou enrola?


Um forte abraço

Osmar Guimarães Teixeira Jr

Os sete sapatos sujos – Mia Couto




Os setes sapatos sujos fazem parte do discurso de Mia Couto, escritor moçambicano, na abertura do ano letivo ISCTEM (Oração de Sapiência na abertura do ano lectivo no ISCTEM), onde ele nos coloca de forma clara e suscinta, através desta metafora, o quanto a ignorância de um povo que busca combater a pobreza, mas mal consegue sobreviver ao destino prescrito e desenhado por suas mentes, que os fazem crer que os outros são responsáveis por seus atos, colocando-se desta forma como eternas vítimas e não sujeitos de seu existir.

1º. Sapato - A idéia que os culpados são sempre os outros e nós somos sempre vítimas
2º. Sapato - A idéia que o sucesso não nasce do trabalho
3º. Sapato - O preconceito de quem critica é um inimigo
4º. Sapato - A idéia que mudar as palavras muda a realidade
5º. Sapato - A vergonha de ser pobre e o culto das aparências
6º. Sapato - A passividade perante a injustiça
7º. Sapato - A idéia de que para sermos modernos temos que imitar os outros
Acho que os setes sapatos cabem em qualquer pé de nossas instituições públicas ou privadas (na América abaixo do equador), vamos deixar estes sapatos sujos na soleira da porta dos tempos novos como o próprio Mia Couto nos diz.

Um forte abraço,

Osmar Guimarães Teixeira Jr