terça-feira, 16 de março de 2010

Organograma e Estrutura Organizacional

A partir desta postagem, estaremos apresentando uma série de perguntas e respostas sobre organogramas e estruturas organizacionais nas empresas. Estas dúvidas foram compiladas no decorrer de trabalhos e palestras realizadas para clientes e parceiros. O assunto é muito técnico, para não dizer chato, mas confesso que esforcei-me para que ele se tornasse simples e de fácil compreensão. Boa leitura, amigo.

1. Os organogramas podem funcionar e representar a realidade funcional da empresa?
Sim, encontramos empresas em que a estrutura organizacional desenhada é utilizada de forma eficaz, onde as responsabilidades e atribuições são claras e integradas às políticas e processos operacionais. Nestas empresas o ordenamento de sua estrutura ocorre através do agrupamento de atividades afins, da departamentalização, da delegação de responsabilidades e descentralização de atividades.

2. O que devemos considerar para definirmos a estrutura organizacional?
O primeiro aspecto que devemos considerar é a missão e os objetivos da empresa, isto é, o que e como estamos fazendo para atingir os resultados desejados. Conhecido este aspecto, devemos levantar as tarefas e responsabilidades das áreas, sempre focado aonde a empresa quer chegar.
Com a missão, objetivo, tarefas e responsabilidades em mãos devemos nos voltar as relações interpessoais que ocorrem ou possam ocorrer, pois estas quando desconhecidas geram grandes problemas na consolidação da estrutura, quando não a inviabilidade da implantação da mesma.

3. Como ordenar as atividades numa estrutura organizacional?
O ordenamento das atividades (tarefas e responsabilidades) num organograma ocorre a partir do resultado esperado e nunca da atividade propriamente dita para estes (muito encontrado em algumas empresas).
Desta forma a missão e o objetivo dentro de uma estratégia global da empresa, esboçam e definem a estrutura organizacional, considerando a equipe necessária e disponível através de suas relações interpessoais para sua consolidação. Lembrar sempre, a estrutura organizacional segue a estratégia.
Este ordenamento das atividades e departamentalização, fins e equipe estão baseados na subdivisão por produto ou serviço, região e localidade, período de tempo, clientes, funções e processos.

4. O que devemos considerar para o agrupamento das atividades?
Podemos basicamente levar em conta sete aspectos para agruparmos de forma eficaz as atividades em uma estrutura organizacional, sendo: objetivo, qual o produto final da atividade, quando aplicado os recursos materiais, humano, financeiro e equipamentos adequadamente; a missão que é produzir o melhor dentro dos padrões de qualidade, produtividade e lucratividade; a importância da atividade para o negócio; os recursos humanos disponíveis, considerando a capacitação técnica (habilidade e conhecimento), autonomia para a solução do problema e iniciativa desejada; a estabilidade do ambiente de negócio, levando em conta os colaboradores, processos, mercado e a empresa de um modo geral; a maturidade profissional e pessoal da equipe e gestores; e o grau de tecnologia aplicado no negócio e o domínio desta pela empresa.

5. Quais os fatores chave para o bom agrupamento das atividades?
Ao agruparmos atividades devemos levar em conta a especialização e os processos que nelas estão presentes, a utilização de controles fáceis e independentes, as atividades correlatas, isto é, de mutua correlação, assegurar a atenção adequada à atividade conforme sua importância, o clima organizacional, com o pessoal disponível, grupos informais e funções em tempo integral e o quanto é oportuno em termos de custos a centralização ou a descentralização das decisões e atividades.


Até a próxima, um forte abraço


Osmar Guimarães Teixeira Jr



SE - Rudyard Kipling



Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo mundo ao seu redor já perdeu e te culpa;
De crer em ti, quando estão duvidando
E para estes, no entanto, achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares
E não parecer bom demais, nem pretensioso;
Se és capaz de pensar – sem que isso só te atires;
De sonhar – sem fazer dos sonhos teus senhores;
Se, encontrando a Desgraça e Triunfo, conseguires
Tratar da mesma forma esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas porque deste vida, estraçalhadas,
E refazê-las com bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda vida,
E perder, e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
Resta a vontade em ti, que ainda ordena: persiste!
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
E, entre os reis não perder a naturalidade;
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade;
E se és capaz de dar, segundo por segundo
Ao minuto fatal todo valor e brilho:
Tua é a terra como tudo o que existe no mundo
E – o que ainda é muito mais – és Homem, meu filho!

Rudyard Kipling