domingo, 26 de setembro de 2010

As adversidades e oportunidades




O Porteiro do Puteiro


Não havia no povoado pior ofício do que 'porteiro do prostíbulo'. Mas que outra coisa poderia fazer aquele homem? O fato é que nunca tinha aprendido a ler nem escrever, não tinha nenhuma outra atividade ou ofício. Um dia, entrou como gerente do puteiro um jovem cheio de idéias, criativo e empreendedor, que decidiu modernizar o estabelecimento. Fez mudanças e chamou os funcionários para as novas instruções.
Ao porteiro disse: - A partir de hoje, o senhor, além de ficar na portaria, vai preparar um relatório semanal onde registrará a quantidade de pessoas que entram e seus comentários e reclamações sobre os serviços. - Eu adoraria fazer isso, senhor. - Balbuciou - Mas eu não sei ler nem escrever! - Ah! Quanto eu sinto! Mas se é assim, já não poderá seguir trabalhando aqui. - Mas senhor, não pode me despedir, eu trabalhei nisto a minha vida inteira, não sei fazer outra coisa. - Olhe, eu compreendo, mas não posso fazer nada pelo senhor. Vamos dar-lhe uma boa indenização e espero que encontre algo que fazer. Eu sinto muito e que tenha sorte.
Sem mais nem menos, deu meia volta e foi embora. O porteiro sentiu como se o mundo desmoronasse. Que fazer? Lembrou que no prostíbulo, quando quebrava alguma cadeira ou mesa, ele a arrumava, com cuidado e carinho. Pensou que esta poderia ser uma boa ocupação até conseguir um emprego. Mas só contava com alguns pregos enferrujados e um alicate mal conservado. Usaria o dinheiro da indenização para comprar uma caixa de ferramentas completa.
Como o povoado não tinha casa de ferragens, deveria viajar dois dias em uma mula para ir ao povoado mais próximo para realizar a compra. E assim o fez. No seu regresso, um vizinho bateu à sua porta: - Venho perguntar se você tem um martelo para me emprestar. - Sim, acabo de comprá-lo, mas eu preciso dele para trabalhar ... já que.. - Bom, mas eu o devolverei amanhã bem cedo. - Se é assim, está bom.
Na manhã seguinte, como havia prometido, o vizinho bateu à porta e disse: - Olha, eu ainda preciso do martelo. Porque você não o vende para mim? - Não, eu preciso dele para trabalhar e além do mais, a casa de ferragens mais próxima está a dois dias de viagem sobre a mula. - Façamos um trato - disse o vizinho. Eu pagarei os dias de ida e volta mais o preço do martelo, já que você está sem trabalho no momento. Que lhe parece? Realmente, isto lhe daria trabalho por mais dois dias.... aceitou.
Voltou a montar na sua mula e viajou. No seu regresso, outro vizinho o esperava na porta de sua casa. - Olá, vizinho. Você vendeu um martelo a nosso amigo. Eu necessito de algumas ferramentas, estou disposto a pagar-lhe seus dias de viagem, mais um pequeno lucro para que você as compre para mim, pois não disponho de tempo para viajar para fazer compras. Que lhe parece? O ex-porteiro abriu sua caixa de ferramentas e seu vizinho escolheu um alicate, uma chave de fenda, um martelo e uma talhadeira. Pagou e foi embora. E nosso amigo guardou as palavras que escutara: 'não disponho de tempo para viajar para fazer compras'.
Se isto fosse certo, muita gente poderia necessitar que ele viajasse para trazer as ferramentas. Na viagem seguinte, arriscou um pouco mais de dinheiro trazendo mais ferramentas do que as que havia vendido. De fato, poderia economizar algum tempo em viagens.
A notícia começou a se espalhar pelo povoado e muitos, querendo economizar a viagem, faziam encomendas. Agora, como vendedor de ferramentas, uma vez por semana viajava e trazia o que precisavam seus clientes. Com o tempo, alugou um galpão para estocar as ferramentas e alguns meses depois, comprou uma vitrine e um balcão e transformou o galpão na primeira loja de ferragens do povoado. Todos estavam contentes e compravam dele. Já não viajava, os fabricantes lhe enviavam seus pedidos. Ele era um bom cliente.
Com o tempo, as pessoas dos povoados vizinhos preferiam comprar na sua loja de ferragens, a ter de gastar dias em viagens. Um dia ele lembrou de um amigo seu que era torneiro e ferreiro e pensou que este poderia fabricar as cabeças dos martelos. E logo, por que não, as chaves de fendas, os alicates, as talhadeiras, etc ... E após foram os pregos e os parafusos... Em poucos anos, nosso amigo se transformou, com seu trabalho, em um rico e próspero fabricante de ferramentas.
Um dia decidiu doar uma escola ao povoado. Nela, além de ler e escrever, as crianças aprenderiam algum ofício. No dia da inauguração da escola, o prefeito lhe entregou as chaves da cidade, o abraçou e lhe disse: - É com grande orgulho e gratidão que lhe pedimos que nos conceda a honra de colocar a sua assinatura na primeira página do livro de atas desta nova escola. - A honra seria minha - disse o homem. Seria a coisa que mais me daria prazer, assinar o livro, mas eu não sei ler nem escrever, sou analfabeto. - O Senhor?!?! - Disse o prefeito sem acreditar. O senhor construiu um império industrial sem saber ler nem escrever? Estou abismado. Eu pergunto: - O que teria sido do senhor se soubesse ler e escrever? - Isso eu posso responder. - Disse o homem com calma. Se eu soubesse ler e escrever... ainda seria o PORTEIRO DO PUTEIRO!!!

Geralmente as mudanças são vistas como adversidades.

As adversidades podem ser bênçãos.
As crises estão cheias de oportunidades.
Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas.
Lembre-se da sabedoria da água:
'A água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna'.

Que a sua vida seja cheia de vitórias, não importa se são grandes ou pequenas, o importante é comemorar cada uma delas.
Quando você quiser saber o seu valor, procure pessoas capazes de entender seus medos e fracassos e,
acima de tudo, reconhecer suas virtudes.

Isso realmente é verídico, contado por um grande industrial do ramo de cutelaria e ferramentas...... a maior do Brasil. Pense que você descobre quem é esta pessoa, pois provavelmente em sua casa você tem um garfo, uma faca produzida pela empresa dele.

Um forte abraço
Osmar Guimarães Teixeira Jr.

Pensando em gestão por processos




6. Quais os pontos fracos e fortes da organização vertical / funcional (silos funcionais)?
A experiência tem nos dado uma visão do que normalmente ocorre nas empresas organizadas verticalmente, isto é, “silos funcionais”, onde a produtividade e eficiência de determinada área acontece em detrimento e prejuízo de outras áreas pela falta de cooperação e de uma coordenação que reuna todos pelo mesmo objetivo, pois ninguém é responsável pelo todo, mas todos são responsáveis pelas partes. E ainda, a hierarquia deve ser respeitada com obediência total, prejudicando a busca do objetivo organizacional.
Mas estas estruturas funcionais até então, nos trouxeram até aqui e com lucros, o que nos faz pensar que existem pontos fortes como a utilização de grupos especializados em número reduzido de especialistas e a obtenção de conhecimento e desenvolvimento de carreiras especializadas.
Em contra partida, como pontos fracos das estruturas funcionais nos deparamos com o foco de gestão para o atendimento das expecativas da diretoria e não as do cliente, num verdadeiro obedece quem precisa e manda quem pode. Este comportamento dificulta a interface e coordenação nos macroprocessos, determinando a ausência de um ponto de convergência para atendimento do cliente e existência de trabalhos que não agregam valor em função das barreiras funcionais que alimentam e engordam a burocracia.

7. Quais os pontos fortes da organização horizontal (processos)?
Ao agruparmos as tarefas a partir da perspectiva do cliente (processo) e não das atividades (função) abandonamos os “silos funcionais” com suas lacunas organizacionais ou áreas nebulosas e adotamos uma gestão do negócio a partir do cliente, produto e fluxo de trabalho, com a vantagem de medir o quanto de valor adicionamos ao cliente aliada a satisfação do colaborador ao perceber a integração e interação do seu trabalho ao processo total da empresa, através dos relacionamentos internos e externos entre cliente-fornecedor para a geração de resultado / produto.

8. Quais as exigências para adotarmos a gestão por processos?
Não podemos falar e pensar em processos e muito menos em gestão de processos senão considerarmos as seguintes exigências:
1. Mapeamento e documentação do fluxo das atividades principais.
2. Conexão horizontal das atividades com foco no cliente.
3. Uso de sistemas de informação.
4. Mensuração das atividades de cada processo com objetivos específicos integrados aos objetivos corporativos.
5. Uso de ferramentas de melhoria contínua.
6. Busca de melhor prática para garantir competitividade.
7. Mudança cultural e de paradigma (vertical X horizontal).

9. Existe algo que podemos caracterizar como princípios para abordagem administrativa por processo?
Sim existem segundo Ostroff (The horizontal organization) este princípios são doze:
1. Está organizada em torno de processos chave, multifuncionais, em vez de tarefas ou funções.
2. Opera por meio de donos de processos ou gerentes dotados de responsabilidade integral sobre processos chave.
3. Faz com que times, não indivíduos, representem o alicerce da estrutura organizacional e do seu desempenho.
4. Reduz níveis hierárquicos pela eliminação de trabalhos que agregam valor e pela transferência de responsabilidades gerenciais aos operadores de processos para que as decisões essenciais à performance do grupo sejam tomadas no nível operacional.
5. Opera de forma integrada com clientes e fornecedores.
6. Fortalece a política de recursos humanos, disponibilizando ferramentas de apoio, desenvolvendo habilidades e motivações, além de incentivar o processo de transferência de autoridade aos operadores de processos para que as decisões sejam tomadas no nível operacional.
7. Utiliza a tecnologia de informação (TI) como ferramenta auxiliar para chegar aos objetivos de performance e promover a entrega da proposição de valor ao cliente final.
8. Incentiva o desenvolvimento de múltiplas competências de forma que os operadores de processos possam trabalhar produtivamente ao longo de áreas multifuncionais.
9. Promove a multifuncionalidade, ou seja, a habilidade de pensar criativamente e responder com flexibilidade aos novos desafios impostos pela organização.
10. Redesenha as funções de departamentos e áreas de forma a trabalhar em parceria e grupos de processos.
11. Desenvolve métricas para avaliação de objetivos de desempenho ao final de processos, as quais são direcionadas pela proposição de valor ao cliente final, no sentido de medir a satisfação dos clientes, dos empregados e avaliar a contribuição financeira do processo como um todo. 12. Promove a construção de uma cultura corporativa transparente de cooperação e colaboração, com foco contínuo no desenvolvimento de desempenho e fortalecimento dos valores, promovendo a responsabilidade e o bem estar na organização.

10. O que podemos alcançar ao adotarmos a gestão por processos?
Nós podemos utilizar a gestão por processo para:
1. Agregar valor ao produto / serviço ofertado.
2. Inovar e aumentar a competitividade.
3. Agir a partir de um foco estratégico, sendo ele: custo, qualidade, prazo de entrega, agilidade e flexibilidade.
4. Aumentar a produtividade e lucratividade.
5. Simplificar e reestruturar o processo para agregar valor ao cliente.

11. Quais são as premissas para adotarmos a gestão por processos?
As premissas básicas para implantação de gestão por processos, são 9 ao todo:
1. Organização do fluxo em função da saída, e não pelas tarefas.
2. Execução do processo por aqueles que usam as saídas do processo.
3. Integração entre o trabalho de processamento de informação com o trabalho de produção de informação.
4. Tratamento de recursos dispersos geograficamente como centralizados.
5. Ligação das atividades paralelas ao invés de integração de seus resultados.
6. Decisão junto a ação com controle monitorado.
7. Obtenção da informação uma única vez, na fonte.
8. Enfoque sistêmico.
9. Criação de responsáveis dos processos.






Um forte abraço






Osmar Guimarães Teixeira Jr

domingo, 25 de julho de 2010

ORAÇÃO DA ÁRVORE


Antes de erguer o braço contra mim, querendo ferir-me, pense:
Deus me ajuda a crescer sem que, para isso, seja preciso molestá-lo.
Eu sou sua amiga, afinal:
Que lhe oferece sombra, que lhe protege do sol.
Minhas flores e frutos são o seu alimento, o bosque em que vivo é fonte de saúde e lazer.
Assim como você vende minha madeira, juntando riquezas, minhas folhas adubam suas plantações.
O papel do seu jornal vem do meu lenho.
Eu, que o agasalho, sou a viga que sustenta seu telhado, a toalha de sua mesa e lençol em que repousa o seu cansaço.
Até ao morrer, você precisa de mim.
É assim.
Meus galhos alimentam o fogo e, com ele, você assa o pão.
Porém, tenho medo do fogo.
Proteja-me
Eu sou o símbolo de força e liberdade, sou sua melhor e mais fiel amiga. Mas se você não me ama, como mereço, não sou nada.
Defenda-me.

Estas palavras foram encontradas inscritas numa tábula,
em meio a um bosque da costa espanhola.
Um forte abraço
Osmar Guimarães Teixeira Jr.

Processo de uma empresa hoteleira



Processo de uma empresa comercial



Processo Administrativo Financeiro



Processo de logística