domingo, 17 de maio de 2009

AS LAGARTAS PROCESSIONÁRIAS








Diante das mudanças e melhorias tendemos a manter comportamentos processionários, sim comportamentos que dificultam a inovação, a mudança e a capacidade de reavaliar. Tudo isso por apego: a tradição, ao costume, a esquemas mentais, a rotina, ao processo, a técnica ao método, enfim a uma vida limitada de aldeão.


Alguns anos atrás Jean Faber, naturalista francês, encontrou um belo exemplo do comportamento receioso de romper a “rotina”, ao fazer investigações sobre as lagartas processionárias. Essas lagartas vivem nos bosques e alimentam-se de folhas de pinho, caminham sobre as árvores, formando uma fila, com os olhos semi-serrados e a cabeça quase colada na traseira da companheira que a precede. Parecem automóveis num grande congestionamento.


Diante disso, nosso amigo Jean, perguntou-se: se eu colocasse a primeira processionária de tal modo que ficasse unida a última da fila?
Sem maiores dificuldades, conseguiu que um grupo de lagartas caminhassem em círculo, durante 7 dias e 7 noites. Nada poderia romper a cadeia, a não ser o cansaço, a fraqueza devido à falta de alimento. Lembrando que, havia alimento suficiente no centro do círculo a uma pequena distância. Um verdadeiro banquete, sem que qualquer uma delas se animasse a romper a cadeia. Mas nenhuma o fez.


Será que não estamos andando em círculo, por desconhecermos o novo foco, as novas mudanças de se fazer às coisas diante do atual momento?


Um forte abraço


Osmar Teixeira Jr.

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